terça-feira, 24 de julho de 2018

E agora?

Entrei nessa sem armadura, sem proteção nenhuma, sem medo. Aliás, medo a gente sempre tem, mas, eu fui com medo mesmo.
Eu segui o que eu tinha de mais leal, meu coração.
Eu vi nos seus olhos o meu renascimento. Eu te amei com toda a minha trêmula alma. Você me levou ao paraíso secreto. Você me fez tão tão feliz. Me fez a mulher mais feliz do mundo!
Você cuidadosamente me curou de mim. Você foi meu espelho. Você foi a vela do meu barco. Você foi tudo oq eu precisava e queria. Nossas poucas horas eram valiosas. Seu cheiro era tudo o que eu precisava p sobreviver. Você me fez olhar longe, me fez querer ser mais, me multiplicou, me transbordou de coisas boas.
E depois?
Você foi embora!
A vela se transformou em âncora. O paraíso em tempestade. Meu barco furou. Minha felicidade se transformou em medo. Eu não consegui andar sem você.  Eu te procurava  e você não estava. Eu gritava e você não respondia. Fiquei com medo, com muito medo.
Eu quis morrer!
Eu não via futuro. Eu não queria futuro.
Eu estava paralisada assistindo meu naufrágio. E você não tinha me ensinado a nadar.
Eu quis gritar mais alto, mas não tinha mais força. Tinha um nó na minha gartanta que não parava de arder.
Entrei em um buraco profundo, onde eu me via perdida comigo mesma.
Sonho? Pesadelo? Realidade?
Eu não sabia mais o que era real e o que não era.  Eu não sabia mais se tinha me feito bem ou mal. Eu não sabia mais o que era p fazer.
E hoje, continuo aqui, nesse buraco negro, sem saber se foi sonho ou realidade, sem sentir frio ou calor.
Meu coração bate cada vez menos por você e cada vez menos ainda por mim.
Meu coração bate cada vez menos.
E tem dias, como hoje, que eu só queria arrancar ele, espreme-lo com a mão e jogá-lo fora! Ele não serve mais p nada!